quinta-feira, 16 de agosto de 2007

lembrem-se do rei: 30 anos sem elvis presley.

nada como inaugurar um blog musical com o assunto da semana: 30 anos sem o rei. a seguir, duas crônicas que homenageiam e mostram o quão presente elvis aaron presley está, até hoje, em nossas vidas. aproveitem!


Elvis não morreu... Está mais vivo do que eu!
(por Carla Rosa)


The warden threw a party in the county jail.
The prison band was there and they began to wail.
The band was jumpin' and the joint began to swing.
You should've heard those knocked out jailbirds sing.
Let's rock, everybody, let's rock.
Everybody in the whole cell block
Was dancin' to the Jailhouse Rock.


Vossa Majestade saiu da mira dos holofotes há exatos 30 anos! E eu nem era nascida... Elvis, o cara, ficou conhecido por quebrar barreiras: um branco cantando música de negros... Peraí, essa história eu conheço! Vide 8 miles- Rua das Ilusões... Mas não é por aí.

Elvis Presley, o Rei do Rock! Este humilde blog tentará prestar uma homenagem ao homem que remexia a pélvis e criava muita polêmica. Bom, os da minha geração não vêem nada de mais em remexer uma pélvis, já que fomos apresentados a um novo meio de se utilizar uma garrafa e um “tchan” não é apenas uma expressão inocente.

Em vez de falar sobre sua vida e sua obra, preferimos falar de Elvis de um jeito mais particular. O título faz uma referência a uma das teorias mais comentadas: Elvis não morreu. Acreditar ou não, cada um é livre para tirar suas conclusões. Mas como adoramos uma boa teoria da conspiração, temos tendência a acreditar.

Meu primeiro contato com Elvis foi através da Sra. Martha Generic. Quem é essa dona? A mãe do Bobby, de O Fantástico Mundo de Bobby. Via de manhã, antes de ir para a escola. Ela acreditava piamente que Elvis estava vivo e tinha esperanças de se encontrar com ele. Se ela encontrou, eu não sei. Mas eu tenho certeza de que o Bobby viu!

Topete, umas boas costeletas e uma roupa de couro apertada... Uma imagem clássica de Elvis. Na minha inocência (infância), já foi símbolo de John Travolta. Grease- Nos tempos da brilhantina. U- hu- hu, Honey! Desculpe, irei me controlar. Bom, pelo menos ele rebolava bem e também ficava chamando a Kirstie Alley de Priscila naquele filme dos bebês que falavam. Depois teve aquele filme em que cachorros também falavam... Hoje, sabe Deus quem mais pode falar...

Falando do Rei, temos que falar também de seu santuário: Graceland. A “Meca” dos adoradores de Elvis. Milhares de fãs peregrinam até Memphis para ter um contato, quase que espiritual, com o seu ídolo. Graceland... A casa do Rei do Rock... Sinônimo de adoração... Isso me faz lembrar Neverland... A casa do Rei do Pop... Sinônimo de... Deixa pra lá!

Elvis é uma figura bem democrática. Tanto gordos, quanto magros podem imitá-lo. Que maravilha! Apesar de muitos tentarem, o único que eu vi e que conseguiu balançar meu coração, me fazendo exclamar “Esse é o cara!”, chama-se Sticht. É sério! Aquele “trequinho” A-R-R-E-B-E-N-T-A! Naquela cena da praia... Um clássico. Pena que ele se descontrola com os flashes e ataca os fotógrafos. Bem, celebridade hoje em dia é assim mesmo. Dizem que é tudo culpa da mídia... Eu só tenho pena de quem estuda Comunicação...

Muitos se lembram do comercial com a música A Little Less Conversation. Com uma nova roupagem, a música ficou sensacional. Na parte do “Come on, Come on”, já ouvi gente cantando “Com a mão, Com a mão”... Enfim, desde o lançamento do comercial, Elvis vem faturando alto. É figura fácil no topo do ranking da Forbes, na categoria dos que já partiram e continuam faturando. A maioria de nós, vivos até que se prove o contrario, precisaria morrer quantas vezes para conseguir tal feito?... Por enquanto, a gente só se “forbes” mesmo...

Ouvi dizer que o rei tinha poderes mediúnicos e que morreu de desgosto ao ter uma visão. Elvis teria previsto que sua pequena Lisa Marie se casaria com Michael Jackson. Uma teoria a se considerar... Mas como Elvis ganha milhões e milhões todo ano e está presente em vários segmentos da cultura mundial, quem é capaz de afirmar que ele está morto?

Só sei que durante esta reflexão sobre Elvis, descobrimos o seu segredo. O fascínio que ele sempre provocou nos fãs, que é passado de geração a geração, é fruto de hipnose. Com sua voz grave e penetrante, ele cantava para que suas fãs repetissem:

You were always on my mind…
You were always on my mind…


Muito esperto! Por isso, é rei...


~.~.~.~.~


hei, rei... you were always on my mind.
(por ana fonseca)


quando eu nasci, esse cara já tinha oito anos de falecimento. até que eu pudesse, mais ou menos, aprender a andar e comer sozinha, eram dez anos. quando eu comecei a perceber que tinha algum discernimento musical, iam-se vinte anos. hoje, eu com vinte e dois anos, vão-se trinta anos sem elvis "the pelvis" presley.

a minha primeira lembrança é de um rei gordo, bonachão, um papai noel em roupas extravagantes cheias de brilho cantando o hino religioso "bridge over troubled waters" mas, segundo meu pai, enquanto eu boiava tranqüila no líqüido amniótico, eu já ensaiava meus primeiros passinhos ao som de "blue suede shoes".

pro meu pai, esse cara era mais ou menos como o roberto carlos é pra mim hoje: clichê, brega, acabado porém com dias de glória memoráveis. porque, quando meu pai tinha idade e cabeça pra ouvir, entender, apreciar elvis "prego", como ele gosta de chamar, nosso rei já estava nos milk shakes de dose dupla de whisky, ou seja, nas últimas. o que não impediu que o senhor paulo roberto passasse, de alguma forma, elvis por debaixo da minha porta me fazendo gostar de "burning love", "a little less conversation", "silvia", "(let me be you) teddy bear", entre outras.

em 2006, elvis embalou a noitada comemorativa de vinte e dois anos de uma amiga. pusemos as saionas rodadas, os laçarotes no cabelo e dançamos o "jailhouse rock" até amanhecer lembrando dos bailes das épocas remotas que não vivemos.

hoje, esse carinha do mississipi (aham, ele não era de memphis/tenessee não! embora "graceland" seja lá.) é cultura pop. todo tipo de memorabilia elviniana se encontra até nas mãos de quem não tem muita idéia do quanto ele foi importante pra música e pro mundo. eu tenho uma handbag charmosíssima (phillippe martin), assim como eu já vi muita gente com camisetas estampadas com essa famosa silhueta.

no pc do estágio, discografia completa. no carro, o cd "elvis #1". na tevê, referências em desenhos como "o fantástico mundo de bobby" (a personagem martha generic era fã alucinada do rei) ou em documentários que exploram a possibilidade de que ele tenha forjado a própria morte.

a verdade é que elvis está na vida de todos. e se john lennon disse, uma vez, que ele era mais famoso que jesus cristo, com certeza foi pensando em não dizer que era mais famoso que elvis presley porque isso sim seria impossível.

hei, rei. são trinta anos sem a sua ilustre presença nos holofotes. mas são trinta anos em que você não foi, nem por um segundo, esquecido pelos fãs e por pessoas que aprenderam a apreciar mesmo sem ter podido conhecê-lo "vivo", como eu. e isso, meu caro, é que é ser eterno.


let's rock, everybody, let's rock
everybody in the whole cell block
was dancin' to the jailhouse rock

[jailhouse rock - elvis presley]







imagens: google imagens.

6 comentários:

Luciano Freitas disse...

não curto muito o elvis. mas reconheço e respeito sua importância na música!

1º comment hein!
histórico!

Claudio Nascimento disse...

Gostei disso aqui. Eu tb coloquei algo sobre o Elvis no meu Blog... dêem uma passada por lá.

musicanapauta.blogspot.com

Valeu

Thiago Fianna disse...

Elvis é simplesmente fantástico...
e agradeço pela iniciativa de um blog com textos inteligentes (que mantenha-se o padrão inicial, ao menos) falando de um assunto tão banalizado hj em dia como musica.

Beijos e Abraços

ANA FONSECA disse...

(por email, em 16/08/2007)

Parabéns, universitários!!!

Começaram bem, lembrando um mito cuja produção artística não se limitou à música somente. Elvis era um estilo de vida novo para a mocidade do final dos anos 50, era a maneira de movimentar a pelvis,...Elvis ... o rebolativo, o espalhafatoso, o ator de muitos filmes ( tenho dois deles, muito interessantes), era, ao mesmo tempo , um tremendo marketinga americano. Foi servir como soldado, sua imagem fardado correu o mundo. Elvis era o filho querido das mães americanas. Era o namorado sonhado por umas duas ou três gerações de "tietes", antes dos beatles, era ele que incendiava as platéias roqueiras.

Tinha um vozeirão. Perdeu-se no labirinto do seu próprio mito, era um olimpiano , como diria Edgard Morin, o grande teórioco da Cultura de Massas. Seu último show, que assisti em 77, grávida do Léo, pela televisão, foi mesmo a despedida do ídolo gordo, suado, cansado, consumido pelas pílulas para emagrecer, para rir, para dormir, para partir.

Com ele, a despedida, na verdade não aconteceu. Ele ficou.. Há romarias à sua cidade natal, há museus espalhados em sua homenagem em vários cantos do mundo, fã-clubes, lendas, concursos de covers se repetem todos os anos, ele fez escola e perpetua sua arte e força com a energia própria dos que vieram para ficar, atravessa gerações, e permanece vivo, 30anos depois de sepultado.

Elvis não morreu... parafraseando Guimarães Rosa, ele encantou-se...

Tia Cidinha

Cah Rosa disse...

o rei é o rei...
estréia foi boa,o blog promete.
trabalharemos para isso...a equipe é boa e eu confio nela!

SpoonyViking disse...

Wise men say
"Only fools rush in"
But I can't help
Falling in love with you


Correndo o risco de ser acusado de americanista, como Rei do Rock eles tinham Elvis Presley, enquanto nós... Nós temos Roberto Carlos.
Grande blog, Ana! Está muito bom! Só espero que você não abandone o Cabelaum!